Já nos encontramos em plena Semana Santa, neste ano de 2011. Conduzidos pela quaresma, fomos introduzidos no âmago do mistério da redenção, que a Igreja celebra com intensidade ao longo dos sete dias desta semana, única e toda singular, que vai do Domingo de Ramos ao Domingo da Páscoa.
Sabemos que, no contexto bíblico, a semana é a medida simbólica da totalidade. A própria criação do mundo é ritmada pela sequência de sete dias, expressando a perfeição de Deus e a harmonia da natureza.
Vem daí a força simbólica da semana. Ela é a medida do universo, e a expressão dos desígnios originais de Deus.
Cristo veio retomar estes desígnios, e refazê-los com a nova medida da misericórdia divina, que assimila as consequências do pecado humano e reintegra a humanidade em seu mistério de amor.
A ação de Deus, na primeira criação, é colocada no contexto da semana. A “nova criação”, realizada por Cristo, também é colocada na sequência de uma semana.
A primeira semana, da criação do mundo, revela o poder de Deus, que faz tudo acontecer sob o comando de sua palavra.
A segunda semana, da redenção, também revela o poder de Deus. Mas um poder diferente, que surpreende a humanidade. O poder da misericórdia, que assume a forma de fraqueza humana, manifestada pela humilhação do Cristo que aceita o sofrimento e a morte, frutos do pecado, para vencê-los com a força do amor.
A semana da criação revela a eficácia da Palavra criadora, que ordena e tudo acontece.
A semana santa manifesta a fecundidade da obediência de Cristo, que aceita o cálice amargo, e por meio dele redime a humanidade e faz acontecer o “homem novo”, que manifesta todo o seu vigor na glória do Ressuscitado.
Após os 40 anos de deserto, o povo entrou na terra prometida. Após os quarenta dias da quaresma, entramos no mistério de Cristo, que nos torna criaturas novas, pela força do seu amor redentor.
São José Operário, rogai por nós!
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